Quando a lua cresce no céu, sou Ártemis.
Busco os caminhos virgens e neles mostro a minha força em cada ramo.
Sou Ártemis, quando busco os montes e anseio por novos rumos,
quando repudio os limites e não exise o medo.
Sou Ártemis, quando me lanço sem amparo do cume feito com todas as pedras,
que tentam, inúteis, bloquear meus atos deliciosamente insanos.
Assim sou Ártemis.
Quando no céu a lua é cheia, sou Demeter.
Busco o amor imensurável e ofereço aquele que em meus infinitos braços habita.
Sou Demeter, quando procuro meu filho em cada ser.
Ave mãe e ninho em um só tempo.
Sou Demeter, quando meu colo se torna porto e suplica dolorosamente
pelo lançar de âncoras de todas as embarcações.
Assim sou Demeter.
Sou Demeter, quando procuro meu filho em cada ser.
Ave mãe e ninho em um só tempo.
Sou Demeter, quando meu colo se torna porto e suplica dolorosamente
pelo lançar de âncoras de todas as embarcações.
Assim sou Demeter.
Quando a lua mingua, sou Hécate.
Busco a linguagem da alma e descubro ser eu mesma aquilo que me ameaça.
Sou Hécate, quando a solidão importa e quando o fim torna-se causa e razão.
Sou Hécate, quando penso na morte e encontro o que sou
antes de torna-me outra.
Assim sou Hécate.
E assim a Deusa habita em mim!
(desconheço a autoria)
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